Antonio Justel Rodriguez

JÁ SOMOS OUTROS


... o verão está acabando;
há uma espécie de desmaio, uma sensação de ar quebrado e brilho frio,
como se daqui para lá convocassem as coisas a um rito de tristeza pura e expectante;
.... e ainda assim tudo está cheio e descansa,
ou cansado como um boi que protege os esforços do mundo para voltar para casa;
... sim, já somos outros;
A cotovia já vibrava no sangue ao meio-dia
e agora, a trepadeira, com suas folhas de estanho,
a sombra nos quebra e toca o ombro;
… e o coração sabe disso e treme,
então, inconscientemente, ele vai recolhendo seus pequenos pertences sem ordem:
as nascentes, as secas profundas,
o fel,
a voz,
a paixão total,
a morte;
... bandos de pardais passam.
***
Antonio Justel Rodríguez
https://www.oriondepanthoseas.com
***

Toutes les droites appartiennent à son auteur Il a été publié sur e-Stories.org par la demande de Antonio Justel Rodriguez.
Publié sur e-Stories.org sur 27.08.2023.

 
 

Commentaires de nos lecteurs (0)


Su opinión

Nos auteurs et e-Stories.org voudraient entendre ton avis! Mais tu dois commenter la nouvelle ou la poème et ne pas insulter nos auteurs personnellement!

Choisissez svp

Contribution antérieure Prochain article

Plus dans cette catégorie "Général" (Poèmes en portugais)

Other works from Antonio Justel Rodriguez

Cet article t'a plu ? Alors regarde aussi les suivants :

LA HERIDA - Antonio Justel Rodriguez (Général)
Emergenza primaverile - Antonio Justel Rodriguez (Général)
Fin d´Octobre à Avignon - Rainer Tiemann (Solitude)