Flavio Cruz

Crônica de um amor de Carnaval

O carnaval da Lindinha foi maravilhoso. Entre outras grandes emoções, ela conheceu o Cristóvão. Silva era seu sobrenome, mas ela nunca perguntou. Pularam, pularam. Beberam umas e outras, mas nem tantas assim. O amor, sim, era tanto que nem fantasia usaram. Para quê? Era gostoso, assim, olhar um para a cara do outro.
O carnaval acabou, Lindinha ficou para cá, o Cristóvão foi para lá, para onde não se sabe. O tempo passou. Para ser mais exato, foram nove meses que se passaram. E uma menina nasceu, linda, alegre. Gostava muito de pular, era uma gracinha. A mãe, decepcionada com a ausência paterna, lhe deu o nome de Colombina.
A Colombina cresceu e um dia perguntou: por que tinha aquele nome? A mãe explicou. O pai era um navegador e se chamava Cristóvão Colombo. O Colombo, ela inventou. A Colombina insistiu, queria saber por onde ele andava. Lindinha, então falou: andar, ele não anda não. Ele navega. Por mares distantes, longe daqui. Se ele volta? Acho que não, querida, deve estar em  outros mares. Mares distantes, e que também precisam ser navegados. Explorador, ele era, mas de oceanos nunca dantes explorados.
A Colombina cresceu, virou mulher. Nunca pulou carnaval, pois a mãe nunca deixou. Tinha medo de que outro navegador – Cabral, Vasco ou Américo Vespúcio - viesse por essas terras aportar. Seria perigoso pular ou dançar. Dançar assim como ela dançou...

Toutes les droites appartiennent à son auteur Il a été publié sur e-Stories.org par la demande de Flavio Cruz.
Publié sur e-Stories.org sur 08.02.2016.

 
 

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